quinta-feira, 6 de junho de 2013

A trajetória de Vida da Nossa Tutora: Debora Cristina Francisco da Silva

Relato da Tutora Debora Cristina Francisco da Silva

Olá queridos, sinto-me à vontade para compartilhar parte da minha trajetória na descoberta de leitura e escrita.
Lembro-me nitidamente da primeira palavra que li, pois foi uma experiência muito marcante.
Morava na Vila Mariana e meu pai nos trouxe à Mauá para conhecermos a empresa onde trabalhava, numa festa de fim de ano. Tinha uns 4 anos de idade. Quando retornamos, avistei um botijão de gás enorme e na transversal estava escrito Liquigás. Bom, essa foi minha primeira leitura independente.
Acho que como muitos neste fórum, fui alfabetizada com a Caminho Suave.
Como meus pais sempre deram muita importância para os estudos, me bombardearam com todos os tipos de textos disponíveis. Passávamos muitas dificuldades financeiras e por isso li muitas revistas e jornais 'vencidos', propagandas entregues na rua ou qualquer coisa que eles encontravam e achavam útil para eu e meu irmão.
Nunca me esqueço o dia em que recebi de presente uma assinatura dos gibis da Disney! Lembro da ansiedade que sentia ao esperar o carteiro...
A situação melhorou, me proporcionando acompanhar notícias mais atualizadas.
Como meu pai cursou Direito, conheci a história de muitos filósofos, que mais tarde descobri também serem os pais da Matemática.
Até hoje tenho o costume de ler muito, utilizo bastante a tecnologia, mas não dispenso o 'cheirinho' aconchegante de um bom livro.
Atualmente estou lendo "álgebra linear para leigos" e " o vendedor de sonhos" .

Seu comentário nos mostra que o processo de alfabetização envolve muito mais do que simplemente 'decifrar escritas'.  Segundo Délia Lener: " Ensinar a ler e escrever é um desafio que transcende amplamente a alfabetização em sentido estrito. O desafio da escola hoje é o de incorporar todos os alunos na cultura do escrito e o de conseguir que todos cheguem a ser leitores e escritores".  É um processo muito emocional, sofrível para o professor e mais para o aluno. Porém, temos a vantagem de que já passamos por ele e sobrevivemos.   

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